7º livro do ano: A Queda
O livro “A Queda” é um monologo de um ex-advogado chamado Jean-Baptiste Clamance que se auto-intitula juiz penitente e que durante todo o livro, sim, durante todo o livro, faz uma auto-análise para uma pessoa que não nos é revela. No livro podemos ver sua vida antes da queda e após a queda. Antes da queda era uma vida tranqüila que ele amava, onde ele era um talentoso advogado e que gostava de pegar casos complicados e sempre se dava bem em tudo. Até que começa sua queda, onde temos a sensação da angústia de Jean-Baptiste por não ter feito nada perante uma mulher preste a se suicidar sendo depois “perseguido” por seu fantasma. Jean-Baptiste, que era advogado parisiense resolve instalar seu escritório em um boteco chamado México-City na cidade de Amsterdã. Ele divide seus pensamentos com os freqüentadores do local, porém, em um determinado dia ele escolhe um cliente do boteco para contar sua vida e preocupações. O monologo nos mostra o desabafo de um homem que não consegue se livrar de suas angústias e o coloca perante uma sociedade egoísta. Embora fale o tempo todo de si mesmo, a fala do personagem tem a intenção de causar empatia no leitor, que acaba se colocando no lugar do próprio personagem principal, aceitando as angústias e confissões deste como se fossem suas. “A queda” é um livro que me fez pensar sobre o comportamento das pessoas, sobre o medo que nós temos de sermos julgados e de conviver com nossas próprias escolhas. Um livro genial.