Resenha: Meu Pecado - Javier Moro
Sinopse: Nesse romance histórico baseado em uma história real, a protagonista é a atriz espanhola Conchita Montenegro. EM 1930, com apenas 19 anos, ela sai da Espanha e segue ruma a Hollywood, em busca de sucesso na capital do cinema. Graças a sua beleza, sua inteligência, sua forte personalidade e sua tenacidade, a garota que antes era apenas uma jovem promessa se torna uma das principais estrelas de sua época. Seu olhar penetrante e extremamente envolvente acaba conquistando Leslie Howard, um dos atores mais célebres do momento. Leslie, no entanto, é um homem casado, com mais do que o dobro da idade de Conchita. Isso não parece ser um empecilho para os dois, que se apaixonam e começam um tórrido romance, entre festas dignas de sonhos e estreias triunfais nas maiores e mais disputadas telas do mundo, entre passeios a cavalo e voos panorâmicos pela costa californiana, entre a paixão e a traição. Treze anos depois, em plena Segunda Guerra Mundial, a história de amor tem um desenlace inesperado, quando os dois amantes se reencontram em Madrid. Sem que eles saibam, esse encontro irá influenciar o curso da guerra, orientando a participação da Espanha no conflito.
Resenha: Meu Pecado - Javier Moro
Eu já tive a oportunidade de ler outros livros de Javier Moro “ Flor da Pele “ e “ Paixão Índia “, e por conta disso eu criei grandes expectativas para ler “ Meu Pecado “ o que acabou sendo um pouco decepcionante. Em “ Meu Pecado “ somos levados para os anos 30 e conhecemos a história real de uma atriz espanhola que conseguiu fazer sucesso em Hollywood, Conchita Montenegro. Nessa época, Hollywood estava passando por algumas mudanças e adaptações, era quando o cinema mudo estava ficando de lado e abrindo espaço para o cinema falado, porém, isso se tornou um problema para os estúdios de Hollywood, afinal, os filmes mudo podia ser transmitidos em qualquer lugar do mundo, mas os filmes falados apenas em alguma língua não conseguiam alcançar tanta gente. Por conta disso os estúdios se viam obrigados a contratar muitos mais atores de outras nacionalidades e gravar o mesmo filme em línguas diferentes, para isso, eles geralmente usavam um ator coadjuvante em todos os filmes, mas claro, era necessário que ele soubesse falar outras línguas, e o restante do elenco mudava de acordo com a língua falada no filme. Tudo isso acontece porque eles estavam em processo de mudança e como tudo era ainda muito novo, e eles ainda não tinham desenvolvido o processo de legenda e dublagens. Conchita era espanhola e começou a trabalhar muito cedo como bailarina, mas aos 19 anos, após fazer grande sucesso em um filme francês, ela recebe uma proposta da MGM e resolve embarcar para Hollywood, juntamente com sua irmã Justa, e mergulhar de cabeça naquele mundo competitivo e cheio de glamour. Ao chegar em Hollywood Conchita é recebida pela comunidade espanhola que já está bem estabelecida na cidade e acaba se tornando aquela tipica mocinha de filme antigo que se apaixona facilmente pelos homens bonitos e galanteadores, por conta disso, ela acaba conhecendo, e se apaixonando, por pessoas muito importantes naquele meio e consegue romper a barreira da língua e se tornar uma grande estrela de cinema daquela época. Aos poucos Javier Moro vai inserindo outras pessoas muito famosas, até para nós, na história, mostrando como Conchita se tornou amiga de Greta Garbo, Chaplin e até chegou a conhecer Rita Hayworth antes mesmo dessa fazer sucesso. Porém, foi pelo ator inglês, Leslie Howard que ficou mundialmente conhecido pelo seu papel em “E o Vento Levou”, que Conchita se apaixonou perdidamente, mas como o mesmo era casado e Conchita cansada de se ver em segundo plano, acabou se casando com o ator brasileiro Raul Roulien. Mas como o mundo da voltas, e no fundo Conchita ainda alimentava esse amor por Leslie, eles acabam se reencontrando durante a Segunda Guerra Mundial, o que acaba trazendo grandes consequências para o rumo da Espanha durante a guerra. A maneira de Javier Moro escrever é interessante porque mesmo sendo um livro que narra uma história real, ele escreve de forma leve o que nos faz acreditar que estamos apenas lendo mais um excelente romance. Em “Meu Pecado” o que me decepcionou foi que o livro só realmente fica interessante e fluido apenas a partir da meta, sendo que começo ele é arrastado e muito cansativo, ao meu ver. No geral “Meu Pecado” é um livro muito interessante, principalmente para quem gosta de história de época e para quem ama cinema, assim como eu.