Resenha do 22º livro do ano: Os leões de Bagdá
Os leões de Bagdá é uma graphic novel com roteiro de Brian K. Vaughan e ilustrações de Niko Henrichon, a história se passa durante a guerra do Iraque. A primeira coisa que preciso mencionar sobre essa HQ é a arte, o desenhista Niko Henrichon fez ilustrações maravilhosas nesse livro, tanto que tem horas que eu até me esquecia dos diálogos e ficava prestando atenção em cada detalhe dos desenhos. Mas vamos à história. O roteiro de Brian K. Vaughan é baseado na história real de quatro leões que fugiram de um zoológico em Bagdá durante um bombardeio dos EUA em 2003. Esse leões são os personagens principais da história, cada um deles com uma personalidade bem distinta. Safa, a leoa fêmea anciã que nasceu e viveu por muitos anos na vida selvagem, Noor, a fêmea mais jovem que também nasceu na selva, porém, foi criada no zoológico, Zill, o macho e Ali, um filhote que é forçado a enfrentar o mundo fora da jaula da noite para o dia. Após fugirem do zoológico os leões encontram outros personagens como um grupo de macacos que tenta se dar bem em cima deles, uma tartaruga muito velha e sábia que diz que já viu o “céu cair” uma vez, pois ela é da época da Segunda Guerra Mundial e um urso que usa da força bruta pra amedrontar os mais fracos e devorá-los. O roteiro é incrível, e usa elementos comuns à fábula para contar uma história verdadeiramente humana, o drama da busca da liberdade em tempos de guerra. Um trecho especial é muito emocionante é quando os leões conseguem ver o pôr do sol. Só não conto mais para não estragar a surpresa de quem ainda pretende ler essa maravilhosa história. Enfim, super recomendo Os leões de Bagdá para quem se interessa por grandes histórias de guerra, mesmo aqueles ainda não acostumados com o formato dos quadrinhos com certeza irão se emocionar com a história e a arte. Beijos!