Resenha: O órfão de Hitler
No livro “O órfão de Hitler” o menino Piotr Bruck após perder seus pais assassinados durante a invasão soviética à Polônia, acaba sendo enviado para um orfanato. Já no orfanato Piotr e vários outros garotos são submetidos a vários exames para averiguar sua raça. Piotr era filho de pai alemão e mãe polonesa, e era um garoto loiro e de olhos azuis e acabou sendo considerada “raça pura” sendo assim aceitável pelos nazistas para viver entre o povo alemão. Piotr acaba sendo adotado pela família do professor Franz Kaltenbach, um pesquisador de ciência racial, onde seus estudos determinam quem é considerado “raça pura” ou não através da cor dos olhos, cabelos, formato do crânio e outros exames, e Piotr passa a ser chamado Peter e vai morar em Berlin. Peter passa seus dias entre a escola e na Hitler-Jugend, se preparando para um dia ir defender a Alemanha na guerra. No começo Peter gosta da vida que esta levando e se sente muito bem com a família dos Kaltenbach, mas conforme vai amadurecendo ele começa a enxergar com outros olhos o fanatismo do povo e começa a questionar – silenciosamente – a veneração por Hitler, até que ele conhece Anna Reiter e sua família e vê que ele não é o único que tem tantos questionamentos na cabeça. É a partir desse ponto que Peter decide defender seus ideais, mesmo que isso possa colocar sua vida em ricos. “O órfão de Hitler” é um ótimo livro que aborda muitos fatos históricos em meio à ficção. Apesar de o livro ser bem leve e fluido, após terminar de lê-lo fiquei bem pensativa e triste, por pensar em tantas coisas horríveis e no sofrimento de tanta gente. A mensagem que a gente pode tirar do livro é que apesar de tudo estar horrível e ter tanta gente má no mundo, sempre terá outras pessoas que estão dispostas a tudo para ajudar o próximo, mesmo que pra isso ela tenha que pagar um preço muito caro.